Conhecida pelas suas águas termais, Olímpia no noroeste do Estado tem se mostrado um ótimo local para a prática de observação e fotografia de natureza. Com espécies raras tipicas do cerrado, a cidade tem atraído cada vez mais observadores e fotógrafos.
O fotógrafo por portal ECOFOTO esteve lá para explorar o local e fotografar algumas espécies que ocorrem nas margens do Rio Turvo.
A observação de aves esta restrita a uma pequena faixa de mata ciliar, tornando a expedição extremamente rápida e intensa. Logo na chegada diversas andorinhas-do-campo, andorinha-do-rio, sábias, bem-te-vis, canários e outras aves se movimentavam enquanto preparava o equipamento.
A caminho da trilha, o primeiro a ser fotografado foi o bentevizinho-de-penacho-vermelho, que estava acompanhado por dois filhotes.
Uma das espécies desejadas da expedição era o belíssimo udu-de-coroa-azul, que vocalizavam o tempo todo mesmo nas árvores mais espaçadas antes da trilha fechada.
Outra espécie com poucos pontos de ocorrência no estado de São Paulo é o urubuzinho, ave que costuma ficar pousada no ponta dos galhos.
Ainda a caminho da mata mais fechada, um casal de caneleiro-de-chapéu-preto construía seu ninho, em breve teremos filhotes na beira da trilha.
Ao entrar na mata um pouco mais fechada o chorozinho-de-bico-comprido vocalizava sem parar. Não tinha o “playback” do seu canto e o jeito foi baixar pela internet enquanto o 3G funcionava.
O foco maior da expedição era ver e fotografar o belo uirapuru-de-peito laranja, espécie que fica sempre na parte final da trilha em uma mata seca. A caminhada era relativamente longa e difícil pois a trilha é improvisada por pescadores e muitas vezes é necessário agachar e passar sob troncos e galhos.
Embora o foco estivesse no uirapuru, a ariramba-preta estava logo a seguir na listagem, o que exigia algumas paradas estratégicas para observação, em uma dessas paradas mais uma bela cena, um saí-andorinha com material para o seu ninho pousado na margem do rio, o que me obrigou a parar e fotografar.
Entre uma parada e outra um “playback” do uirapuru que exitava em mostrar a sua beleza, um movimento chamou a atenção: chora-chuva! Que ave linda! Chegou e ficou alguns segundos na borda a mata.
Toda vez que parava para fotografar, observava alguma movimentação na mata ou chamado. Dessa vez era o fura-barreira, ave linda e extremamente territorialista.
O foco continuava sendo o belo uirapuru. A todo momento pequenas paradas e execuções do seu chamado no “playback”, sempre sem resposta até que depois de muita paciência, vejo uma pequena ave flamejante cortar a minha frente e posar num galho. Eis que o desejado uirapuru-laranja aparece para ser fotografado.
Ave extremamente bela, talvez uma das mais belas do cerrado. Pequeno, delicado que mereceu mais de 50 fotos e minutos preciosos de observação que pareceu durar segundos! A estrela da expedição já tinha sido fotografada mas faltava algumas espécies como ariramba-preta e o ferreirinho-de-cara-parda.
A estratégia? Voltar a trilha com foco nessas espécies…
Quando se trata de fotógrafo de natureza é difícil ignorar outras espécies que passam por você, então durante o retorno muitas espécies foram aparecendo e sendo fotografadas. A ariramba-de-cauda-ruiva resolveu posar no meio da trilha, não é a rara ariramba-preta mas a emoção de ver esse bicho é sempre muito bacana.
O ferreirinho-relógio também deu as caras! Seria um prenuncio de boa sorte com o ferreirinho-de-cara-parda? Não sei, mas na dúvida fiz a foto dele…
Parente da choca, o choró-boi apareceu enquanto um casal de choca-barrada respondia ao “player”.
Logo após sair da trilha fechada para uma área um pouco mais aberta, avisto um grupo de ariramba-preta no alto de uma árvore… Pronto!
Já se passava das 14h e a fome apertava, era necessário ir até algum ponto próximo comer algo e descansar um pouco. Mesmo com o tempo relativamente nublado, a região é quente e abafada, o que fez com que a água não durasse o percurso todo até o fim da trilha.
Após um rápido almoço e alguns minutos de descanso o plano foi voltar na trilha e refazer o percurso quando encontro com o birdwatcher Luiz Frare retornando da trilha. Papo de fotógrafo sempre rola alguma dica e dessa vez não foi diferente.
Novamente na entrada ouço o barulho tipico da batida do pica-pau na madeira, percebo ser um casal de pica-pau-de-topete-vermelho!
Só faltava o ferreirinho-de-cara-parda para encerrar a expedição com todas as espécies da lista observadas. Algum tempo de caminhada uma parada para “playback” e logo a resposta ao chamado.
Satisfeito e com a missão cumprida! Era o momento de voltar e partir.
Retornando pela trilha para o local do carro vejo um casal de tucano pousado, na mesma árvore onde vi e fotografei o udu-de-coroa-azul… Fotos e mais fotos dessa ave linda que sempre merece ser documentada.
No final do dia muitas espécies fotografadas inclusive dois mamíferos primatas bugio-vermelho, sagui-de-tufo-preto e diversas outras aves apenas observadas: balança-rabo-de-máscara, andorinha-do-campo, bem-te-vi, chopim, choca-barrada, suiriri-cavaleiro, cardeal-do-nordeste, coruja-buraqueira, anu-coroca, choca-da-mata, urubu, gavião-caracará, sabiá-do-campo, joão-de-barro, canário-do-campo, coleirinho, biguatinga, biguá, guaracava, pomba-de-bando, pombão entre outros.
A Cidade.
Olímpia esta localizada no noroeste do Estado de São Paulo, próxima a divisa com o estado de Minas Gerais, em uma região onde o bioma predominante é o cerrado e possui o registro de mais de 190 espécies documentadas. A cidade conta com total infra-estrutura hoteleira e diversos parque aquáticos para a família.
· 40Km de São José do Rio Preto.
· 150Km de Ribeirão Preto.
· 310Km de Limeira.
· 460Km de São Paulo.
→Veja a localização no mapa.
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Abraços e até a próxima.
Equipe EF.
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Todas as fotos estão bem legais, parabéns. O destino é mesmo “apetitoso” 🙂
Grande Tiago,só fotão e aves belissimas,parabens.